sábado, 2 de janeiro de 2010

Poema de Carlos Drummond de Andrade

(escrito em Dez. de 1981)

Fazer da areia, terra e água uma canção.

Depois moldar de vento a flauta

que há de espalhar essa canção.

Por fim tecer de amor lábios e dedos

que a flauta animarão.

E a flauta, sem nada mais que puro som,

envolverá o sonho da canção

por todo o sempre, neste mundo.

Publicado no Jornal do Brasil, 05/06/1997

Dedicado à flautista Laura Rónai, afilhada do Poeta !

Nenhum comentário: